Olá meninas, tudo bem? Espero que sim! Desculpem pelo sumiço, esta semana foi bem corrida. Mas agora vamos voltar com tudo, e melhor ainda, com novidades!!!
Bom, no meio da semana eu terminei de ler o livro da autora R.J. Palacio, Extraordinário. Estou para dizer que é muito bom e a história é linda.
Chega de enrolação e vamos falar da resenha.
Título: Extraordinário
Autora: R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 318
August (Auggie) Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade...até agora.Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Não julgue umlivromenino pelacapacara.
Um livro profundamente tocante e extraordinariamente lindo, ‘Extraordinário’ traz uma história melancolicamente perfeita. É muito difícil externar tudo o que eu senti quando terminei a leitura. Foi como se uma onda de felicidade me invadisse, sabe?! Acho que esse é um daqueles livros que cumpre bem o que propõe e vai além: ele surpreende o leitor...ele consegue estar acima de todos os comentários positivos que usam para defini-lo.
Como não querer abraçar o Auggie?! Como não querer dizer que tudo ficará bem, independente do que as pessoas pensam?! Ele é daqueles personagens impactantes, que nos fazem ficar...sem palavras. Um garoto extraordinário, cercado por pessoas extraordinárias, como uma vida....extraordinária. Até o momento que sua mãe começa a cogitar a possibilidade de ele começar a frequentar uma escola comum.
August – ou simplesmente Auggie – nunca frequentou uma escola. Dentro do casulo criado por seus pais e sua irmã, o garoto aprendia em casa e tinha receio de ser uma pessoa comum, pelo simples fato das pessoas não o verem de forma comum. O motivo para tal é uma síndrome genética que deixou o garoto com uma deformidade facial.
Com um novo desafio pela frente – enfrentar todas as pessoas de sua nova escola – o garoto teme a reação de todos. Mesmo tendo apenas dez anos, ele já viveu o bastante para sentir na própria pele o que é ser diferente quando ser comum é tudo o que você mais quer.
E nada realmente parece ser diferente no ambiente escolar. Parece que todos o temem pelo simples fato dele fugir dos padrões de ‘normalidade de um rosto’.
Então chega a Summer. Uma das poucas e únicas pessoas que parece fechar os olhos para aparência do menino e enxergar o enorme coração que esconde-se atrás daquele rosto. Ousada, a garota vai contra todos e resolver ser amiga do August.
Muitos são os problemas que surgem: a questão da não interação e não aceitação das crianças do Auggie, o amor infinito que sua família e amigos – e a Summer – depositavam nele, e o fato do garoto querer e tentar imensamente ser somente ele: August Pullman, um garoto que mesmo tendo de enfrentar inúmeras barreiras, só queria ser notado como mais um, e não o um.
A carga emocional que o livro carrega conseguiu envolver-me e encantar-me profunda e intimamente. A simplicidade com o qual a autora desenvolveu toda a história, a forma como todos e cada um dos personagens foram desenvolvidos, e a estrutura do livro em si é notavelmente incrível.
A narrativa do livro é intercalada por vários personagens. Isso foi uma das coisas mais legais que a autora poderia proporcionar ao leitor: a história do August vista de diversos ângulos, por pessoas distintas.
Temos o próprio Auggie nos narrando como é ser diferente e como isso o afeta imensa e profundamente. A Via, sua irmã, nos mostra e nos ensina que por mais difícil que possa parecer, a compreensão e a paciência são os melhores caminhos a seguir quando a vida nos dá um padrão diferente...e que se rebelar e querer ser notado é algo que todo mundo deseja. A Summer, uma garota muito especial que parece ter o raro dom de ouvir seu coração e compreender que muito mais importante que aparência é o caráter e a dignidade. E tantos outros que tornam a história especial.
Ver a diferença e o impacto que o Auggie causa em cada uma dessas pessoas, e principalmente, ver o quanto essas pessoas o amavam independente e acima de toda e qualquer coisa é o que torna a história singular, rara e transformadora.
Preciso dizer o quanto esse livro me fez refletir sobre o preconceito. Bem, não exatamente e especialmente o ‘preconceito’, mas a forma como muitos o definem. Pode ser relativo de cada leitor, mas acho que o mais notável na questão abordada no livro, é o quanto esse preconceito afeta diretamente a vida de Auggie, fazendo-o quase desistir de frequentar a escola. Sinceramente não acho que todo mundo – todas as crianças - que olhavam ‘diferente’ para o garoto, o estivessem fazendo como forma de preconceito.
Depois de ler e refletir sobre tudo, uma pergunta me inquietou bastante: Será que talvez eu ou você também não olhássemos o August de uma forma diferente? – ao menos a princípio. E não, talvez não seria de forma preconceituosa. Talvez fosse mais como ‘primeira impressão’ de algo que realmente parece diferente diante de tudo que estamos acostumados. E principalmente as crianças. Acho que algumas – ou a maioria – realmente queria se aproximar, conversar e serem amigas do Auggie, mas o medo e a incerteza que a situação os impunha, os obrigavam a não seguir em frente. Claro que tiveram personagens que realmente não foram nada legais com o nosso garoto extraordinário, mas tiveram muito mais corações bons nessa história.
Acho que ‘Extraordinário’ mais que um simples livro, é um convite para fecharmos os nossos olhos diante de algo que parece diferente, e abrirmos nosso coração e acolher as diferenças como algo simplesmente....especial.
Realmente, o livro é emocional e inocentemente EXTRAORDINÁRIO.
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